Data Publicação: 21 de Janeiro de 2021
Estudo de Autodepuração
Um estudo de autodepuração visa a determinar qual a capacidade que um ambiente aquático possui em restabelecer suas condições naturais após uma perturbação causada por atividades antrópicas, como por exemplo o despejo de um efluente de origem industrial ou sanitária. Em outras palavras, o estudo busca avaliar a capacidade de resiliência do corpo hídrico.
Para que esta avaliação seja viável, utiliza-se de modelagem e simulações matemáticas a fim de tentar reproduzir, com o máximo de correlação possível, o comportamento do rio frente a estas interferências externas, analisando-se a variação temporal e espacial de suas características físicas, químicas e biológicas.
Há na literatura diversos modelos matemáticos (Streeter-Phelps, QUAL2E, MIKE11, WASP etc.) que nos permitem fazer essas simulações, sendo o modelo clássico de Streeter-Phelps (1925), que simula a variação da concentração de oxigênio dissolvido diante de uma carga poluente, o mais difundido e aceito pelos órgãos ambientais brasileiros.
O oxigênio dissolvido presente nos rios é um parâmetro diretamente relacionado com a diversidade de espécies na comunidade aquática. Fontes de poluição com elevada quantidade de matéria orgânica, como por exemplo esgotos, efluentes industriais, lixiviados de aterro sanitário etc., desequilibram o meio e provocam uma proliferação excessiva de microrganismos aeróbios que consomem o oxigênio ao longo do percurso do rio.
Esse consumo exagerado do oxigênio promove a formação de zonas com ausência de oxigênio, onde ocorrem a mortandade de peixes a outros microrganismos aeróbios, além da decomposição anaeróbia da matéria orgânica com geração gases causadores de mal odor. A autodepuração é o fenômeno natural pelo qual o corpo hídrico consegue restabelecer o equilíbrio após depuração da carga poluente e retornar as condições ideais para a manutenção da fauna e da flora em seu ambiente.
Assim, os estudos de autodepuração constituem-se em uma ferramenta fundamental para avaliação do impacto nos corpos hídricos decorrente de atividades humanas e, portanto, devem ser aplicados de modo a direcionar e subsidiar a tomada de decisão pelo órgão ambiental quanto à concessão de outorga para uso do recurso hídrico.
Uma das informações essenciais que o estudo deve apresentar são os parâmetros limites máximos a serem lançados no rio, de modo que o efluente lançado não provoque o seu desenquadramento perante a sua classificação estabelecida pelo comitê ou conselho de recursos hídricos.
A E-Agua é especializada em estudos de autodepuração e, além de desenvolver estudos completos e consistentes, fornece todo o suporte necessário ao processo de aprovação pelo órgão ambiental. Conte com a gente!